O crescimento da prática da medicina integrativa, anteriormente chamada de medicina alternativa, é indiscutível. Este é um tema não pode ser ignorado e deve ser discutido através da participação dos profissionais da saúde e da sociedade em geral pois é uma realidade incontestável.
A medicina integrativa se propõe a uma mudança na relação entre médico e paciente, em que a doença deixa de ser o foco central do tratamento, e a atenção passa a ser voltada para o todo: mente, corpo, espírito e estilo de vida.
Para isso, além de tratar a doença com os conhecimentos mais avançados da medicina, são associadas às terapias como acupuntura, ioga, meditação, entre outras, de acordo com a necessidade para o restabelecimento integral do paciente, que inclui aspectos sociais e emocionais.
Acredito que esta visão holística é muito importante e tem efeitos benéficos.
Quero alertar que a medicina alternativa praticada por alguns profissionais, geralmente é inócua, não tendo efeitos colaterais importantes, o que pode aumentar seu prestígio e adesão. Porém não há fundamentos científicos claros na maioria das terapias. Algumas vezes sua prática, caí no campo da prática ilegal do exercício da Medicina, e isso pode ser muito grave. Explico: se um paciente portador de uma doença grave for tratado por um leigo ou por profissional não habilitado legalmente para tal exercício, pode-se perder a oportunidade ou a chamada janela terapêutica, de se tratar adequadamente àquela enfermidade em sua fase inicial.
Então acredito que a decisão de aderir a práticas alternativas, deve ser compartilhada juntamente com o médico assistente da sua maior confiança.