Por muitos anos o tratamento das espondiloartrites foi realizado somente com DMARDs (metotrexato, sulfassalazina e leflunomida). Com a era das medicações imunobiológicas (IB) surgiu a dúvida : será melhor indicar combinação de DMARDs e IB ou somente monoterapia com IB na falha de DMARD para manter remissão da doença.
Essa resposta foi trazida, parcialmente, pelo estudo publicado na revista Rheumatology
( https://doi.org/10.1093/rheumatology/keac174 ).
Foi um estudo de registro de 13 centros europeus que avaliou 24 171 pacientes com espondiloartrite axial que apresentavam artrite periférica.
Após um ano, não houve diferença na taxa de remissão e retenção entre os pacientes em uso de monoterapia com IB ( adalimumab, etanercept, infliximab, golimumab e certolizumab) e co-terapia ( IB +DMARD).
Devido a heterogenicidade dos países, que pode influenciar na análise dos dados, os autores do estudo fazem um alerta: não podemos descartar um efeito benéfico da co-terapia em certos subgrupos, como aqueles com sinovite articular periférica ou manifestações extra-articulares, onde mais estudos podem demonstrar esse efeito.
