A osteoartrite, também conhecida como artrose, é a doença articular mais comum no mundo. Estima-se que, em 2021, ela afetava cerca de 8% da população mundial. E, com o envelhecimento da população e o aumento de fatores de risco como a obesidade, esse número tende a crescer.
Mas, apesar de tão comum, ainda existem muitos mitos sobre essa condição. A boa notícia? É possível prevenir a osteoartrite e, quando diagnosticada precocemente, tratá-la de forma eficaz, mantendo a qualidade de vida.
O que é a osteoartrite?
A osteoartrite é uma doença crônica que causa o desgaste da cartilagem que reveste as articulações. Quando essa cartilagem se desgasta, os ossos começam a se atritar diretamente, provocando dor, inchaço, rigidez e perda de mobilidade.
É uma condição que se desenvolve de forma lenta e progressiva, e costuma afetar principalmente os joelhos, quadris, mãos e coluna.
Quem tem mais risco?
Embora qualquer pessoa possa desenvolver osteoartrite, alguns grupos estão mais vulneráveis:
– Mulheres, principalmente após a menopausa
– Pessoas com mais de 60 anos
– Indivíduos com histórico familiar
– Quem sofreu lesões articulares prévias
– Pacientes com doenças inflamatórias como artrite reumatoide ou psoriásica
– Pessoas com sobrepeso ou obesidade
É possível prevenir?
Sim. A osteoartrite não é uma sentença. Alguns cuidados no estilo de vida são essenciais para prevenir ou retardar o surgimento da doença:
– Pratique atividade física regularmente: exercícios de baixo impacto fortalecem os músculos, melhoram a mobilidade e reduzem a dor.
– Evite traumas articulares, tanto no esporte quanto no ambiente de trabalho.
– Controle o peso corporal: a obesidade é um dos principais fatores de risco.
– Use calçados adequados: tênis confortáveis ajudam a absorver o impacto e proteger as articulações.
– Trate corretamente doenças articulares inflamatórias que podem evoluir para artrose.
– Invista em uma alimentação rica em fibras e saudável, pois há estudos que apontam a influência da microbiota intestinal na saúde articular.
O papel do exercício no tratamento
Um dos pilares do tratamento da osteoartrite é o movimento. Isso mesmo: ficar parado piora os sintomas. Veja algumas sugestões simples e eficazes:
– Caminhada leve (20 a 30 minutos por dia): ajuda a manter a mobilidade e reduz a rigidez.
– Alongamento diário: melhora a flexibilidade, especialmente em áreas como joelhos e costas.
– Atividades na água, como hidroginástica: a água reduz o impacto nas articulações, tornando o exercício mais seguro e confortável.
Colágeno e curcumina funcionam?
Esses dois suplementos geram muitas dúvidas nos consultórios. Aqui está o que a ciência diz até agora:
Colágeno (hidrolisado, não desnaturado ou injetável): pode aliviar levemente a dor e melhorar a função articular em estágios iniciais da doença. Porém, não altera o curso da osteoartrite.
Curcumina: as evidências ainda são limitadas, mas indicam possível melhora na dor e rigidez. Seu uso deve ser sempre avaliado individualmente, e nunca substituir o tratamento convencional.
Alimentação: aliada no controle
A principal função da dieta no contexto da osteoartrite é ajudar no controle do peso. Articulações como joelhos, quadris e coluna sofrem mais com o excesso de carga. Por isso, uma dieta equilibrada, rica em fibras, com baixo teor inflamatório e aliada à atividade física, é essencial.
Não ignore os sinais do seu corpo. Quanto mais cedo a osteoartrite for diagnosticada, maiores as chances de manter uma vida ativa, com menos dor e mais mobilidade.
Consulte um reumatologista. Cuide das suas articulações hoje, para se movimentar melhor amanhã.